O Radar mostrou na semana passada que o vereador Lindbergh Farias (PT) é o terceiro colocado na corrida a uma vaga ao Senado pelo Rio no ano que vem, com 15% das intenções de voto, segundo pesquisa realizada em julho pela FSB Pesquisa.
Mesmo bem à frente do outro petista no levantamento, o presidente da Assembleia do Rio, André Ceciliano, que tem apenas 3% das intenções, Lindbergh não será a escolha do partido para a disputa.
Segundo a coluna apurou, a direção do PT no Rio decidiu que Lindbergh concorrerá a uma vaga a deputado federal no ano que vem. A candidatura à Câmara é uma espécie de bola de segurança, já que a avaliação nos bastidores é a de que a disputa ao Senado será uma parada duríssima este ano, com apenas uma cadeira em jogo.
A ideia do partido é colocar um político que tenha força de articulação sobretudo na Baixada e no interior do Rio, justamente para garantir uma plataforma mais sólida de apoio a Lula em sua tentativa de se eleger pela terceira vez presidente da República.
Há algum tempo que Lindbergh, que foi deputado federal pelo Rio por dois mandatos, prefeito de Nova Iguaçu, na Baixada, duas vezes e Senador uma vez, vê reduzir seu protagonismo dentro do partido.
Depois de não conseguir se reeleger senador em 2018, ele ficou sem mandato até 2020, quando foi eleito vereador da capital fluminense com 24.912 votos. Ele teve sua candidatura impugnada pelo TRE-RJ por uma condenação por improbidade administrativa na época em que foi prefeito de Nova Iguaçu, mas pôde assumir a cadeira depois de uma decisão favorável no TSE.
Na tarde desta segunda, Lindbergh negou à coluna que seja carta fora do baralho. Segundo ele, o partido estaria “observando” o cenário político antes de bater o martelo e haveria outros nomes em discussão para a disputa ao Senado, como o da deputada federal Benedita da Silva.
“Estou me preparando para ser candidato a deputado federal, mas não descarto a disputa para o Senado, não. Vamos ver, muita coisa para acontecer ainda”, disse ele.