O corregedor nacional do Ministério Público, Rinaldo Reis Lima, determinou nesta quarta a abertura de processo administrativo disciplinar contra onze procuradores da República e uma promotora de Justiça que atuaram na investigação da Lava-Jato do Rio sobre o envolvimento dos ex-senadores Romero Jucá e Edison Lobão num suposto esquema de propinas na usina nuclear de Angra 3.
O procedimento — ainda cabe recurso por parte dos procuradores — foi aberto para apurar se os investigadores quebraram o sigilo da apuração contra os ex-senadores para divulgarem informações do caso. O plenário do CNMP dará a palavra final sobre punir ou não os procuradores. Segundo o corregedor, caso os procuradores sejam considerados culpados, poderão ser suspensos de seus cargos ou até demitidos.
Conforme Radar mostrou em março passado, o pedido ao CNMP foi feito pelos advogados de Lobão e Jucá. Os procuradores da Lava Jato do Rio implicados no caso são Eduardo El Hage, Fabiana Schneider, Marisa Ferrari, José Vagos, Gabriela Câmara, Sérgio Pinel, Rodrigo Silva, Stanley Silva, Felipe Leite, Renata Baptista e Tiago Martins.