Como os partidos de esquerda planejam abandonar o PT em 2022
Articulação de uma frente progressista que isole o petismo é a vingança encontrada por siglas de esquerda após traições do partido de Lula
Caciques de partidos de esquerda passaram os últimos dias do ano avaliando como costurar uma frente ampla de forças progressistas de modo a colocar de pé um projeto competitivo para as eleições de 2022.
Articulado entre PDT, PSB e PCdoB, o movimento tenta atrair o PSOL. O PT? Para os caciques envolvidos na conversa, é hora de abandonar o petismo. As eleições de 2020 uniram as forças de esquerda contra o projeto hegemônico petista, que nada constrói e a ninguém é capaz de apoiar.
O precário apoio à candidatura de Ricardo Coutinho (PSB) na Paraíba, somado ao conflito no Recife com o PSB de João Campos e a negativa de apoio ao PSOL em São Paulo são três exemplos que justificam a decisão dos partidos de abandonar o petismo.
As conversas ainda irão avançar, mas algo de novo está no ar na esquerda. Muita gente que antes não conversava começou a tomar café. A possível mudança de Flávio Dino do PCdoB para o PSB, revelada por caciques socialistas ao Radar, pode ser o início do jogo, que também inclui Ciro Gomes (PDT).