Como o PSB acabou com o leilão de partidos de Geraldo Alckmin
Já que o ex-tucano não anunciava a filiação, Carlos Siqueira anunciou por ele

Desde que deixou o PSDB, Geraldo Alckmin vinha promovendo uma dança com vários caciques partidários para decidir sua futura sigla nessas eleições.
Partido mais lembrado por aliados do ex-tucano, o PSB passou semanas nessa dança. E cansou. O ex-governador tucano enrolou, enrolou, se reuniu mais uma vez com a cúpula socialista nesta semana e não anunciou sua filiação. Apesar, claro, da “boa conversa” com a cúpula partidária, com admitiu Alckmin.
Daí que Carlos Siqueira, que não começou ontem na política, decidiu encerrar a brincadeira. Se Alckmin não anuncia, anuncio eu. “Tivemos uma conversa muito boa com ele. Mais uma, né? Ele disse que o caminho natural dele é o PSB e praticamente ficou selado o ingresso dele, mas vai decidir uma data. Não bateu o martelo quanto à data”, disse Siqueira.
O anúncio do cacique socialista consumou a filiação de Alckmin. Criou o fato: Alckmin encaminha filiação ao PSB. Fechou a porta para que o ex-governador tucano voltasse atrás. Caroneiro na sua própria filiação, Alckmin, no fim do dia, soltou até uma nota para tentar manter o baile, mas já era tarde.
“Sigo conversando com outros partidos que buscam uma unidade de ação em defesa da democracia e de melhores condições de vida para o nosso povo. Até a próxima semana definirei a minha filiação partidária”, disse o ex-tucano.
Para contornar o confronto de ideias entre Alckmin e os socialistas, ficou combinado que a fala do ex-governador dizia respeito a aliados que ele pensa em trazer para o campo político dele, ainda que em outras siglas. Mas o PSB demarcou o território.