Como o Brasil escapou de sofrer um apagão de urnas eletrônicas em 2022
Presidente do TSE, Luís Roberto Barroso atuou em sigilo junto a governos de dois países para evitar uma 'grande crise' no sistema eleitoral
O TSE recebeu recentemente um lote de novas urnas eletrônicas — serão 220.000 no total — para a eleição de 2022. Só depois disso, Luís Roberto Barroso se permitiu revelar um drama vivido por ele na Corte. O país esteve à beira de um apagão de urnas.
Em setembro, quando Barroso era atacado diariamente por Jair Bolsonaro, a Positivo, fabricante das urnas, lançou a bomba no TSE: por falta de componentes eletrônicos nos EUA e Taiwan, elas não ficariam prontas a tempo.
Sigilosamente, Barroso abriu contato direto com os governos dos EUA e de Taiwan que liberam as peças. Sem isso, a eleição teria urnas de segunda mão, um prato cheio para os golpistas atacarem. “Evitamos uma grande crise, um risco institucional”, diz Barroso.