Como a bancada ruralista avalia o fundo florestal defendido por Marina
Senador Zequinha Marinho afirma que declaração da ministra vai na mesma direção do seu projeto da Lei da Reciprocidade Ambiental
O vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) no Senado, Zequinha Marinho (Podemos-PA), afirma que a declaração da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendendo a criação do “Fundo Florestas Tropicais para Sempre” (TFFF, na sigla em inglês) vai na mesma direção do projeto da Lei da Reciprocidade Ambiental, que é uma das bandeiras da bancada ruralista.
A proposta do senador é voltada para a União Europeia. Até o fim de 2024, entrará em vigor a nova legislação do bloco que exige que os produtores de uma série de itens importados por seus países comprovem que não geraram desmatamento. Gado, madeira, cacau, café, borracha, óleo de palma e soja são alguns dos produtos que precisarão carregar esse certificado antes de entrar na Europa.
A ideia do projeto de Zequinha Marinho é exigir dos parceiros comerciais do Brasil as mesmas regras que nos são impostas. “A França, por exemplo, que tem uma área de apenas 3% para sua ‘reserva legal’, terá que se adequar aos padrões brasileiros. Terão que destinar, no mínimo, 20% das propriedades para a preservação ambiental, isso porque, aqui no Brasil, nossa área de reserva vai de 20% a 80%”, comenta o senador.
“Ou os países se adequam às condições brasileiras ou nos pagam pelos nossos ativos ambientais”, conclui.