Com UTIs lotadas, Conselho de Medicina do DF se posiciona contra lockdown
Em nota, entidade de médicos dizem que medida é ineficaz para conter casos de covid-19 -- o que não tem respaldo científico
![Internações ficam abaixo de 50% no Estado de São Paulo](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2020/08/Sancta-Maggiore-12.jpg.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
Enquanto a rede pública do Distrito Federal tem 97% de seus leitos de UTI ocupados, o Conselho Regional de Medicina resolveu se manifestar contra…as medidas restritivas adotadas pelo governo local.
Em nota publicada nesta segunda-feira, o CRM-DF se posicionou de maneira contrária ao lockdown como medida para controle de transmissão do coronavírus — o que contraria toda a literatura científica e médica mundial.
Na última sexta-feira, o governador Ibaneis Rocha decretou um para tentar evitar um colapso no sistema de saúde do Distrito Federal. Mesmo assim, acabou, logo em seguida, flexibilizando os decretos e permitindo que uma série de estabelecimentos permaneça funcionando.
Mas na avaliação da entidade médica, “tal medida já se mostrou ineficaz, atentatória contra os direitos fundamentais da Carta Magna e condenada até mesmo pela OMS”. Segundo o CRM-DF, “a restrição ainda maior causa aumento da incidência de transtornos mentais, abuso de álcool e drogas e agravamento das demais doenças crônicas”.
O que o CRM-DF não publicou em sua nota é que o enviado especial da OMS citado, David Nabarro, de fato destacou, em uma entrevista, os impactos econômicos e sociais negativos dos lockdowns. Mas disse, em seguida, que a medida é justificada em momentos de crise. Como ainda parece ser o caso agora no Brasil, um ano depois do primeiro caso.
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