A disputa ao governo de São Paulo ganhou novos contornos nesta segunda, no PSDB, após o vice-governador Rodrigo Garcia se lançar candidato nas prévias da legenda ainda neste ano.
A movimentação tem o objetivo de pressionar Geraldo Alckmin, que negocia com o DEM e o PSD uma possível filiação para disputar o Palácio dos Bandeirantes, caso fique sem espaço no partido ante a ausência de disputa interna pela cabeça de chapa.
Tucanos ouvidos pelo Radar avaliam que, com as prévias, Alckmin perde esse discurso e passa a ter um dilema a administrar: ficar no partido e correr o risco de perder para Garcia ou deixar logo a sigla rumo ao DEM.
A realização das prévias é uma forma de manter a esperança de que o ex-governador fique no PSDB e, em caso de derrota, aceite disputar o Senado no lugar de José Serra, como deseja o governador João Doria.
O presidente do PSDB estadual, Marcos Vinholi, diz que até agora a única manifestação voltada às prévias ao governo de São Paulo foi a de Garcia. Alckmin ainda não revelou o que pretende fazer.
A comissão nacional das prévias do PSDB definiu o modelo e a data das primárias que decidirão o candidato do partido à Presidência, previstas para 21 de novembro – a Executiva tucana ainda baterá o martelo sobre isso. As eleições internas estaduais deverão seguir o mesmo calendário.