CNBB sugere substituição em missas de vinho produzido com trabalho escravo
Confederação de bispos recomenda bebidas ‘as quais não existam dúvidas a respeito dos critérios éticos na sua produção’
A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil se manifestou a respeito do vinho canônico usado em missas após o resgate de 207 trabalhadores em situação análoga à escravidão, na produção de uva, em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha. A CNBB informou, em nota, que se dê preferência a bebidas “as quais não existam dúvidas a respeito dos critérios éticos na sua produção”.
Leia a nota assinada pelo Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ) e Secretário-Geral da CNBB, Dom Joel Portella Amado:
“A Igreja tem a responsabilidade de zelar pelo tipo de vinho utilizado nas celebrações das missas. A CNBB, por meio da Comissão Episcopal para a Liturgia, promoveu encontros com cerca de 15 vinícolas a respeito das características de tal vinho.
Qualquer tipo de trabalho em condições que ferem o respeito pela dignidade humana não pode ser aprovado. Todas as denúncias devem ser investigadas nos termos da lei.
No Brasil existem diversas vinícolas que oferecem vinho canônico. Desse modo, é recomendável que se busquem, para a celebração da missa, vinhos de proveniência sobre as quais não existam dúvidas a respeito dos critérios éticos na sua produção”.