Apontado como operador da Odebrecht, Wu-Yu Sheng, radicado nos Estados Unidos desde 2014, denunciou os advogados que o defenderam da Lava-Jato.
Em 2016, Wu foi abordado por um grupo de defensores dizendo que ele estava sendo processado em Curitiba e se dispuseram a representá-lo. O chinês desembolsou 500 mil dólares pelo serviço.
O problema é que até hoje o suposto operador não foi processado no Paraná, como teriam dito seus advogados. A primeira – e até agora única – denúncia veio na “Operação Câmbio, Desligo”, em 2018, no Rio de Janeiro.
Foi justamente na operação fluminense que Juca Bala, também apontado como doleiro, delatou o advogado Antonio Figueiredo Basto, que teria cobrado propina em troca de proteção das autoridades.
O que o “dragão” da Odebrecht diz às autoridades norte-americanas é que a prática pode ser mais comum do que se imagina.