A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o Fluminense, o Grêmio, o Palmeiras, o Santos e o Vasco enviaram informações à CPI das Criptomoedas sobre operações com fan tokens, criptoativo usado para engajar torcedores com seus clubes.
A entidade máxima do futebol brasileiro disse que teve contrato com a empresa turca de criptomoedas Bitci, de quem afirmou ter tomado um calote.
“As medidas cabíveis em relação à rescisão, cobrança de débitos em aberto relacionados ao contrato, multas e indenização pelas perdas e danos causados à CBF, inclusive danos de imagem e morais, estão submetidas à arbitragem sigilosa perante o Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem – CBMA, com sede no Rio de Janeiro”, disse a confederação em ofício à CPI.
O Palmeiras e o Fluminense, por sua vez, têm contrato vigente com a Socios Technologies AG, companhia suíça de desenvolvimento de softwares que usa a tecnologia blockchain para emissão e venda de fan tokens.
“São identificados pelo símbolo ‘$VERDAO’ e estão na categoria de utility tokens (‘tokens de utilidade’), ou seja, oferecem aos detentores acesso a benefícios, produtos e serviços exclusivos, bem como a possibilidade de participar de votações, servindo como ferramenta de engajamento da torcida palestrina”, informou a presidente do clube alviverde, Leila Pereira.
O Grêmio tem, desde setembro de 2022, contrato de quatro anos para emissão e comercialização de fan tokens com BTG Pactual, Mynt Crypto e Win The Game.
Já o Santos informou estarem em vigor contratos de patrocínio com a Binance, de prestação de serviços com a Mercado Bitcoin, licença de uso de marca com a Futster e contratos de licenciamento com a Block4 e a Metabase.