A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) encaminhou manifestações à Confederação Sul-Americana de Futebol, a Conmebol, e à Federação Internacional de Futebol, a FIFA, contestando o processo de afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF. O atual mandatário foi afastado do cargo nesta quinta-feira, 7, por decisão da Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).
À FIFA, a CBF argumenta que o acordo concluído entre a entidade representativa do futebol brasileiro e o Ministério Público do Rio de Janeiro “corre o risco de ser cancelado ou modificado pelos tribunais locais”, se referindo ao julgamento do acordo por parte do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que pode cassar a candidatura de Ednaldo, ocorrido em março de 2022.
A CBF argumenta que quaisquer violações dos estatutos da FIFA também podem levar a sanções, “mesmo que a influência de terceiros não seja culpa da associação membro em questão”. “As associações membros da FIFA são obrigadas a gerenciar seus assuntos de forma independente e sem influência indevida de terceiros, incluindo autoridades estatais”, diz a CBF.
De acordo com a entidade, o âmbito dessa norma abrange todas as questões relacionadas ao futebol, incluindo sua governança, o que engloba a eleição de seus representantes, os períodos de gestão, os períodos máximos de reeleição, bem como a tomada de decisões, como escreveu a entidade à Conmebol.