Ao fim do seu discurso como candidato a presidente do Senado, Eduardo Girão (Podemos-CE) reconheceu que não conseguiu viabilizar a própria candidatura e declarou voto em Rogério Marinho (PL-RN), que concorre contra o atual chefe da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Ele se retirou da disputa depois de fazer seu pronunciamento.
“Eu faço um apelo aos meus pares agora, concluindo: a decisão que daqui a pouco tomaremos será determinante para que os brasileiros tenham um sopro de esperança. Para que voltemos a ter um verdadeiro equilíbrio entre os Poderes e o respeito à ética e à verdadeira justiça”, iniciou Girão, que está na metade do seu primeiro mandato e defende uma ofensiva contra integrantes do Supremo Tribunal Federal.
O senador então disse saber que “o jogo é bruto” e citou notícias de que alguns ministros do STF estariam ligando para senadores pedindo votos nesta eleição e o governo federal estaria atuando com a distribuição de cargos em troca de apoio a Pacheco.
“Eu gostaria de tentar mudar muita coisa aqui. O caminho que estamos indo não é um caminho bom, e não condiz com a importância desta Casa, que precisa se dar ao respeita. O que me motiva são causas, e não um mero prestígio de um cargo importante, como presidente do Senado Federal. A possibilidade de ser o líder desta Casa, o mandatário, me daria condições de trabalhar com mais força pelo que eu acredito”, comentou o cearense.
Para concluir, ele disse ter feito sua parte para viabilizar a candidatura, mas que reconhece que “não foi possível”.
“E, se tem alguém com mais chances de garantir a alternância de poder, mesmo não defendendo tudo o que eu penso e proponho, porém que realmente possa trazer a expectativa de mudança do rumo desta Casa, não tenho nenhum problema em apoiá-lo para o bem do Senado e do Brasil. Rogério Marinho, meu voto e o meu apoio são seus. Que você possa ser a renovação tão aguardada por milhões de brasileiros. Que Jesus continue nos abençoando hoje e sempre. Muita paz”, concluiu.