O presidente Jair Bolsonaro (PL) ressuscitou a defesa do voto auditável — ‘esquecido’ em meio ao falatório contra urnas eletrônicas — e voltou a atacar os ministros do TSE nesta segunda-feira.
Irritado com o presidente Edson Fachin, que na última semana reuniu embaixadores para uma “sessão informativa” sobre as eleições, Bolsonaro declarou que conduzirá, por conta própria, um encontro com os chefes de missões diplomáticas para tratar do tema.
“Eu quero transparência, quero eleições limpas. Quero voto auditável , coisa que o TSE está nos negando (…) Assim como pretendo, na volta dos Estados Unidos, convidar embaixadores a conversar comigo sobre eleições”, disse em entrevista à Band.
Bolsonaro criticou, ainda, o processo eleitoral brasileiro e defendeu o modelo proposto pelas Forças Armadas — já rejeitado pelo TSE, que rebateu supostos problemas levantados pelos militares e reafirmou que não existe “sala escura” de apuração dos votos.
“Defendo termos uma apuração paralela. O voto vem chegando, vai pra sala-cofre, que é o que chamo de sala-secreta, e só eles têm acesso a isso. Seria esse mesmo duto abastecer de informações esse computador, do lado, das Forças Armadas. Que poderia estar em parceria com OAB, PF, que foram convidados para participar do processo eleitoral, mas não aceitaram”, lamentou Bolsonaro.