Quase dois meses depois de mobilizar uma legião de apoiadores a favor do voto impresso e contra ministros do STF e do TSE, Jair Bolsonaro deu por encerrada a novela do voto eletrônico, em discurso na tarde desta sexta-feira, no Paraná.
O presidente alegou que a participação das Forças Armadas como observadores do processo eleitoral fez com que ele passasse a acreditar na votação pela urna eletrônica, que o elegeu em 2018, por sinal. E declarou que isso agora é um “capítulo encerrado”.
Apesar do aceno à institucionalidade, disse que preferiria o voto impresso, mas que se contenta com o modelo atual. “Nós das Forças Armadas, com suas equipes de inteligência, participaremos de todo o processo eleitoral, lá do código fonte [da urna eletrônica] até a sala secreta”, disse ele. “Então, teremos um voto confiável no ano que vem”.
Na entrevista que deu à Veja no final de setembro, Bolsonaro afirmou que “não teria porque duvidar” das urnas agora com a participação da Forças Armadas no processo eleitoral. O observatório externo das eleições criado pelo presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, inclui, por exemplo, além dos militares, membros do parlamento, do TCU, da OAB, da USP, da Unicamp, da FGV, entre outros.