Bolsonaro bate na caixa preta ministerial de Lula: ‘Dirceu vai voltar’
O petista não divulgou o plano de governo durante o primeiro turno e resiste a dizer com quem pretende governar num futuro mandato
![(COMBO) This combination of pictures created on October 5, 2022 shows former President (2003-2010) Luiz Inacio Lula da Silva (L) attending the launching of his government program guidelines for the October elections, in Sao Paulo, Brazil, on June 21, 2022, and Brazilian President Jair Bolsonaro gesturing during the launching of the Alliance for Volunteering aid program at Planalto Palace in Brasilia, on November 9, 2020. - Brazil's bitterly divisive presidential election will be decided in a runoff on October 30 as incumbent Jair Bolsonaro beat first-round expectations to finish a closer-than-expected second to front-runner Luiz Inacio Lula da Silva in the October 2 first round. (Photo by Nelson ALMEIDA and EVARISTO SA / AFP)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/10/000_32KR9VW.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
A campanha no segundo turno voltou nesta sexta-feira com Jair Bolsonaro atacando os erros que Lula insiste em continuar cometendo: esconder o que pretende fazer, caso seja eleito no fim do mês.
O petista não divulgou o plano de governo durante o primeiro turno e resiste a dizer com quem pretende governar num futuro mandato. Bolsonaro mira nesse flanco:
“Vai ter José Dirceu na Segov, Gleisi Hoffmann na Casa Civil, Dilma nas Minas e Energia”, disse Bolsonaro nesta sexta.
As urnas do primeiro turno mostraram que o antipetismo ainda define muito voto no país. Ser democrático é argumento que Lula vem sustentando para marcar diferença sobre Bolsonaro. Defender a democracia é uma obrigação, não é plano de governo.
Bolsonaro se deu bem nas urnas porque uma parcela importante da sociedade não acredita que ele tenha força para levar adiante um projeto autoritário e porque concorda com algumas de suas críticas sobre o sistema, ainda que nem todas sejam corretas. Até aliados de Lula, que não se deixam levar pelas paixões políticas, conseguem perceber essa realidade.
O petismo ainda não se preparou para lidar com esse fenômeno. Segue o modelo velho de campanha. A foto dos aliados de Lula com o punho cerrado, nesta semana, em São Paulo, mostra como a velharia ainda domina a estratégia petista — e o tempo está correndo.