A Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) vai começar nesta quinta-feira uma campanha para convencer deputados, senadores e o governo federal a derrubar um veto parcial de Lula ao projeto de lei das apostas esportivas que mudou a tributação dos ganhos de apostadores.
Recentemente, o presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou ter feito um acordo com o Palácio do Planalto para convocar uma sessão de análise de vetos e votação de projetos de crédito na próxima quinta-feira, 18 de abril.
A associação de bets defende a retomada do texto original da proposta, que estabelecia o recolhimento anual do Imposto de Renda sobre os ganhos, criava uma faixa de isenção e permitia a dedução de perdas com apostas da base tributável.
Com o veto de Lula, a lei passou a determinar o recolhimento de IR a cada prêmio pago e sobre qualquer valor. A ANJL argumenta que a combinação desses fatores “praticamente anula a efetividade da regulamentação federal do setor”, alegando que os apostadores poderão migrar para sites clandestinos.
Quando recomendou o veto contestado pela associação de bets, o Ministério da Fazenda afirmou que os trechos violariam a isonomia tributária ao criar “uma lógica de isenção de imposto de renda em desacordo com o regramento ordinário existente no âmbito do recebimento de prêmios das loterias em geral”.
Para o presidente da ANJL, Plínio Lemos Jorge, “manter esses vetos prejudicará todos os envolvidos, exceto o mercado ilegal, que vai ganhar uma onda de apostadores fugindo dessa tributação equivocada”.