Bertin diz ter sido ‘colocado numa fria’ por amigão de Lula
Em empréstimo que beneficiaria o PT
O empresário Natalino Bertin, dono do frigorífico Bertin, pediu absolvição no processo em que é acusado de lavar dinheiro para o pecuarista José Carlos Bumlai.
Segundo a força-tarefa da Lava-Jato, o frigorífico de Natalino foi usado em 2004 para montar uma operação de R$ 12 milhões ligada que beneficiaria o PT.
Natalino disse não saber da operação do pecuarista, próximo ao ex-presidente Lula.
Afirmou que, pelo porte da empresa, não sabia de todas as transações que ocorriam dentro dela.
“… não é preciso muito para se entender que a estrutura gigantesca do Frigorífico Bertin facilitou não só o trânsito do dinheiro, como a própria ocultação do conhecimento da operação pelo próprio Natalino, que, literalmente teve a empresa de que era um dos administradores contratuais e sócio usada, tendo sido colocado na posição de réu injustamente por duas vezes”, escreveu a defesa.
“Como ressaltado e assumido pelo próprio José Carlos Bumlai, Natalino “entrou numa fria”, afirmaram os advogados.
Segundo os procuradores, o PT pretendia usar a quantia para silenciar Ronan Maria Pinto.
Ele teria ameaçado revelar o envolvimento de lideranças do partido com o assassinato do prefeito Celso Daniel, em 2002.