Após crise do governo Bolsonaro, PRF contrata psicólogos
Polícia rodoviária esteve no centro de casos repudiáveis do governo passado, como a morte de um homem por gás e suspeitas de interferência nas eleições
Após um ano de crise sob a gestão bolsonarista de Silvinei Vasques, a PRF deu início à contratação de psicólogos e psiquiatras para atendimento aos seus policiais.
A PRF esteve no centro de casos inaceitáveis no ano passado, como a morte Genivaldo de Jesus Santos, vítima de asfixia por gás lançado por policiais que o prenderam dentro de uma viatura no Sergipe em maio, e as suspeitas de tentativa de interferência das eleições presidenciais, com bloqueios nas vias por todo o país no dia do pleito, considerados ilegais pelo STF.
Vasques é acusado de improbidade administrativa por ter usado o seu cargo para atividades de campanha à reeleição de Jair Bolsonaro.
Em setembro passado, a PRF anunciou edital de credenciamento de psicólogos, psiquiatras e clínicas de saúde mental para atendimento, sob demanda, aos policiais. A polícia pagará 139,71 reais para consulta para triagem psicológica, 102,86 reais para consultas de tratamento psicológico e 334,46 reais para atendimento psiquiátrico.
A PRF registrou no Diário Oficial da União desta quinta uma relação com 15 pessoas ou instituições habilitadas a prestar o serviço na Universidade da PRF, em Santa Catarina.
ATUALIZAÇÃO, 15H22 DE 23/1/2023 — A PRF enviou ao Radar o seguinte registro sobre o tema: “O Programa estratégico Vida PRF iniciou em outubro de 2021. Já realizou mais de 8.500 consultas para mais de 1100 servidores. São cerca de 500 psicólogos e 32 psiquiatras cadastrados. A publicação a que a matéria se refere são os últimos credenciados. A PRF vem credenciando continuamente estes profissionais, desde de 2021.”