ANPR sai em defesa de procuradores da Lava-Jato no Rio
Associação prestou solidariedade a membros da extinta força-tarefa após denúncia de delatores
O doleiro Cláudio Souza, o Tony, e Sergio Mizrahy, que atuavam junto com operadores do ex-prefeito Marcelo Crivella, acionaram o Conselho Nacional do Ministério Público para denunciar que foram coagidos a prestar depoimentos à força-tarefa da Lava-Jato no Rio.
Diante da suspeição sobre os métodos que levaram à delação, a Associação Nacional dos Procuradores da República saiu em defesa dos integrantes da extinta força-tarefa. Segundo a ANPR, a denúncia dos delatores ocorrem cinco anos após os fatos, que foram descontextualizados, e “não condizem com a lisura e a seriedade do trabalho realizado por um grupo de procuradores”.
Em nota, a entidade prestou solidariedade aos 12 procuradores denunciados e reafirmou confiança nas atribuições de todos os membros do Ministério Público Federal.
Leia a nota na íntegra:
A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), diante de reportagens veiculadas na imprensa noticiando representações de réus contra membros da extinta Força-Tarefa do Rio de Janeiro, vem reiterar preocupação com versões que desconsideram os fatos e seu contexto.
As narrativas apresentadas cerca de cinco anos após os supostos episódios não condizem com a lisura e a seriedade do trabalho realizado por um grupo de procuradores, que firmou mais de 78 acordos de colaboração, homologados na Justiça, e que, inclusive, atuou em auxílio ao procurador-geral da República em acordos estabelecidos perante tribunais superiores.
O acordo de colaboração premiada é um negócio jurídico bilateral, previsto em lei, que conta, em todas as etapas, com a participação necessária de advogados, o que é devidamente documentado, sendo que todos os depoimentos dos colaboradores foram devidamente registrados em áudio e vídeo.
Diante desse quadro, a ANPR presta solidariedade e reafirma a confiança no exercício das atribuições de todos os membros do Ministério Público Federal, que integraram a extinta Força-Tarefa do Rio de Janeiro, tendo a certeza de que as falsas imputações levantadas pelos colaboradores serão rechaçadas pelas instâncias próprias.