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Alvo da oposição, Flávio Dino vai à CCJ da Câmara nesta terça

O ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Lula deve enfrentar uma bateria de questionamentos de deputados bolsonaristas

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 mar 2023, 09h30

Alvo frequente da oposição ao governo Lula, principalmente de bolsonaristas, o ministro Flávio Dino deve participar na tarde desta terça de uma audiência na CCJ da Câmara.

A presença do chefe do Ministério da Justiça e Segurança Pública na comissão mobilizou os deputados desde a semana passada, quando um acordo entre líderes fez com que ele fosse convidado e não convocado (obrigado a ir) para a reunião.

O convite atende a três requerimentos, sendo que dois deles foram apresentados por cinco deputados bolsonaristas — Alberto Fraga (PL-DF), Capitão Alberto Neto (PL-AM), Carlos Jordy (PL-RJ), Pr. Marco Feliciano (PL-SP) e Caroline de Toni (PL-SC).

Segundo indicam os pedidos, Dino deve ser bombardeado com questionamentos sobre a visita que fez no último dia 13 ao Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, “cujo local é dominado pela maior facção criminosa do Estado, o Comando Vermelho”.

“É de conhecimento público e notório que é necessário consentimento do chefe do tráfico local para ingressar no complexo, sobretudo na favela Nova Holanda, que é o local em que o ministro foi especificamente. Dois veículos pretos, sem qualquer identificação e com os vidros escuros pela película protetora, em que não se vê
quem está dentro, jamais poderia entrar daquela forma demonstrada no vídeo sem que fosse alvejado”, diz o requerimento assinado por Carlos Jordy, líder da oposição na Câmara.

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O deputado escreveu que a entrada do ministro no complexo de favelas “sugere entabulação entre o governo e a facção criminosa, situação que precisa urgentemente ser esclarecida”.

Dino também deverá prestar esclarecimentos sobre “as ações preventivas e repressivas adotadas no dia 8 de janeiro de 2023”, a pedido da deputada Caroline de Toni.  Ela apontou que o ministro fora informado por diversos órgãos, dentre eles a Abin, de que havia risco iminente de ações violentas e disse que as informações “revelam indubitável ineficiência e/ou omissão por parte do governo federal em conter atos de vandalismo e, por conseguinte, garantir a ordem”.

Já o requerimento apresentado pelos deputados governistas Alencar Santana (PT-SP), Delegada Katarina (PSD-SE), Gervásio Maia (PSB-PB), Orlando Silva (PCdoB-SP), Rubens Pereira Júnior (PT-MA), Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e Tarcísio Motta (PSOL-RJ) solicita que o ministro aborde as mudanças na política de controle de armas do governo federal, os acontecimentos de 8 de janeiro, “as manifestações de discriminação social e racial e criminalização da pobreza” relacionados ao episódio da sua visita ao Complexo da Maré e um balanço dos seus primeiros meses á frente do ministério, além das prioridades e diretrizes para o restante do ano.

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