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Aliados reconhecem que Flávio Dino se distanciou da cadeira no STF

Ministro da Justiça já foi favorito para a vaga de Rosa Weber na Corte

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 20h08 - Publicado em 13 nov 2023, 16h14

Só Lula sabe quem será o próximo ministro do STF na vaga aberta com a aposentadoria de Rosa Weber. Essa constatação, no entanto, não impede que diferentes setores da base do governo atuem ferozmente para tentar influenciar o presidente em sua decisão.

Flávio Dino, não faz muito tempo, circulava por Brasília como virtual ministro do STF. Tinha apoio de integrantes da Corte e uma aparente simpatia de setores da esquerda. O chefe da Justiça começou a perder o favoritismo, na visão de interlocutores frequentes de Lula no mundo jurídico, quando “sentou na cadeira antes da hora”.

A entrevista em que pareceu falar como escolhido de Lula, anunciando que não voltaria para a política, caso fosse o indicado, atraiu para Dino o desgaste natural no meio político. “Se o presidente da República convida, é muito difícil dizer não. Vou estar desdenhando do STF, é descabido”, disse Dino.

Tamanho erro político virou munição aos adversários. Daí para frente, o ministro da Justiça não teve mais notícias positivas. Com perfil provocador, envolveu-se em toda sorte de duelos com parlamentares no Congresso. Nas redes sociais, parecia copiar os passos de deputados como André Janones, buscando entreveros com a oposição.

No Senado, o petista conquistou uma rejeição respeitável e até ameaçadora, em caso de indicação ao STF. Senadores derrubaram a escolha de Lula para a DPU e, em muitos casos, abertamente ligaram o feito ao risco de Dino ser o escolhido para o Supremo. Para piorar, adversários do ministro na esquerda desenterraram uma votação antiga, no Senado, em que o nome do irmão dele, um respeitado procurador da República, foi rejeitado para um cargo no CNMP no segundo governo Lula.

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Internamente, Dino comprou muitas brigas com colegas de governo, ficando como vilão no Planalto em alguns embates, por exemplo, com Jorge Messias, o simpático advogado-geral da União. Enquanto Dino disputava espaço e poder no governo, seu ministério viu, parado, uma crise na segurança pública ganhar as atenções do país e provocar desgastes ao Planalto.

Adversários acusaram Dino de pensar demais na cadeira de Rosa Weber e menos nas obrigações da pasta que comanda, deixando o básico por ser feito. No episódio mais recente a reforçar essa ideia, revelado pelo Estadão, o ministro teve que explicar por que a mulher de um líder do Comando Vermelho foi recebida para reuniões no Ministério da Justiça.

Enfrentando forte artilharia de adversários dentro e fora do governo, o ministro perdeu capital político, apesar de ainda ser um importante auxiliar de Lula. “O ministro Dino era o favorito para a vaga, mas esse tempo passou”, diz um importante interlocutor do Planalto.

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Qualquer nome escolhido por Lula para o STF deve ter, na avaliação de conselheiros do presidente e aliado de Dino, respeito na comunidade jurídica e baixo atrito político no Parlamento, para que a escolha de Lula não vire um Fla-Flu.

Dino já é um personagem político barulhento e não parece combinar com esse perfil. Sua indicação, diz um colega dele de governo, insuflaria o ambiente político no país e traria forte desgaste ao próprio presidente. Daí o otimismo dos adversários com as chances de Lula escolher Messias ou mesmo o chefe do TCU, Bruno Dantas. Ambos seguem discretos em suas funções.

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