A batalha entre aliados de Lula e anti-petistas fervorosos invadirá a eleição para presidente do Corinthians, no início do ano que vem.
Entre os prováveis candidatos, dois deles devem protagonizar a polarização comumente vista no campo político.
Romeu Tuma Jr., ex-secretário Nacional de Justiça e inimigo declarado do ex-presidente, oficializou no início dessa semana a intenção de concorrer, com o apoio de Wladimir, ídolo da Fiel nos anos 80.
Num dos seus compromissos de campanha, Tuma Jr. sinaliza com medidas para recuperar recursos desviados do clube, assunto que está na pauta da Lava Jato há cerca de dois anos.
Ele planeja instalar uma comissão e contratar uma auditoria independente. Ao fim, quer cobrar bens pessoais de ex-dirigentes para cobrir eventuais desfalques feitos no clube.
Vale lembrar que Emilio Odebrecht revelou em sua delação premiada que o Itaquerão foi um presente para Lula. A construção do estádio deixou um rombo no caixa corintiano.
Na arena, porém, também haverá gente de confiança do ex-presidente. Embora ainda não tenha anunciado publicamente, o deputado federal pelo PT e ex-presidente do clube Andrés Sanchez deve entrar na disputa para voltar ao poder.
Se não encabeçar uma chapa, na certa, ele apoiará alguém afinado com os dogmas lulistas.
Dada a proximidade entre Sanchez e Lula e as suspeitas sobre eles, a vitória na eleição valerá bem mais do que o comando de um dos maiores clubes do país.