Na última reunião de secretariado de Geraldo Alckmin na semana passada, presentes todos os secretários, o governador demonstrou insatisfação com os critérios de pesquisa adotados pela Fapesp.
“Gastam dinheiro com pesquisas acadêmicas sem nenhuma utilidade prática para a sociedade. Apoiar a pesquisa para a elaboração da vacina contra a dengue, eles não apoiam. O Butantã sem dinheiro para nada. E a Fapesp quer apoiar projetos de sociologia ou projetos acadêmicos sem nenhuma relevância”, afirmou Alckmin.
Segundo relatos de secretários presentes, o governador chegou a se referir a uma “máfia das universidades sugando dinheiro público”.
Ele defendeu que se acabe com a vinculação orçamentária para financiar esse tipo de pesquisa. “A Fapesp tem 1% do orçamento. Tem mais de 800 milhões em conta. E o Butantã sem dinheiro para fazer vacina”, insistiu o tucano.
Muito incomodada com o ataque frontal a pesquisa, a secretária Linamara Rizzo Batistela pediu a palavra para discordar do governador, gerando um pequeno bate-boca.
Atualização do dia 26/4, às 15h40 – A secretária Linamara Batistela enviou mensagem à coluna nesta terça-feira às 11h24 negando que o governador tenha feito críticas à Fapesp ou mencionado a palavra “máfia” na reunião do secretariado. Também negou que tenha havido bate-boca. A coluna reitera as informações publicadas, que foram relatadas por três secretários presentes à reunião.