Ao autorizar as buscas contra Carlos Bolsonaro nesta segunda-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, afirma que a organização criminosa instalada na Abin utilizou “métodos ilegais” para realizar “ações clandestinas” contra inimigos do clã Bolsonaro.
Moraes também diz que a família presidencial obteve “ganho de ordem política” com as informações obtidas pela ação da Abin paralela, o que justificaria o avanço das investigações.
“Desse modo, os elementos de prova colhidos até o momento indicam, de maneira significativa, que a organização criminosa infiltrada na Abin também se valeu de métodos ilegais para a realização de ações clandestinas direcionadas contra pessoas ideologicamente qualificadas como opositoras, com objetivo de ‘obter ganho de ordem política posto que criavam narrativas para envolver autoridades públicas de extrato político oposicionista da então situação’, bem como para ‘fiscalizar’ indevidamente o andamento de investigações em face de aliados políticos”, diz Moraes.