Assim como Dilma Rousseff, Luiz Fernando Pezão tem um presidente de legislativo como pedra no sapato. Jorge Picciani, presidente do PMDB-RJ, vem repetindo na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro o que Eduardo Cunha tem feito em Brasília. Com a diferença de ser do mesmo PMDB de Pezão.
Há um caminhão de exemplos do viés oposicionista de Picciani. Eis alguns deles:
– Picciani fala para quem quer ouvir que Carlos Roberto Osório, secretário de Transportes de Pezão, é ‘fraco’ e ‘sem conteúdo’.
– O cacique peemedebista não se conforma com a postura de José Mariano Beltrame, atacando a falta de investimentos sociais em favelas como causa da violência. Acha que chegou a hora de mudanças na segurança pública.
– Picciani incentivou deputados estaduais a aprovarem uma moção de repúdio a Felipe Peixoto, secretário de Saúde de Pezão. Considera-o despreparado para o cargo.
– A Assembleia comandada por Picciani já derrubou 25% dos vetos de Pezão.
A turma ligada a Picciani já diz abertamente que sente saudades do governo Sérgio Cabral.
(Atualização às 16h30: Picciani entrou em contato para dizer que: “minha relação com o governador é ótima. Mantenho serenamente uma posição de harmonia e independência entre os poderes. Não me envolvo em questão de equipe do executivo, nem opinião dou. Em relação ao secretário Beltrame, apoio sua gestão de tantos serviços prestados ao Estado e essa intriga não corresponde à realidade”)