Em meio às reuniões do Fórum de Davos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, almoça nesta terça em evento organizado pelo Itaú Unibanco, já o jantar com o BTG Pactual. Nas conversas, Haddad quer apresentar perspectivas sobre a nova regra fiscal que deve substituir o teto de gastos e sobre a Reforma Tributária, mas o ministro tem uma condição.
“Vamos combinar: o fiscal, é pressuposto do desenvolvimento. Não é um fim em si mesmo. Você tem que estar com as contas arrumadas, mas para você desenvolver o país. Não é um fim em si mesmo”, disse Haddad a jornalistas que estão na Suíça. “O fiscal é uma parte da lição de casa, mas ela não é a agenda econômica completa se você for pensar em desenvolvimento sustentável”, seguiu.
O ministro defendeu uma política proativa para mapear as oportunidades do país. Para isso, é necessário direcionar os investimentos em ciência e tecnologia e definir qual o rumo da indústria brasileira.
“A questão automobilística de última geração, a questão do motor híbrido, do hidrogênio verde, a questão do etanol, que pode servir de eixo para reindustrializar o país e, mesmo na questão do agronegócio, se tiver o alcance de perceber, que eles também dependem de insumos industriais. Nós temos aí uma oportunidade de reindustrializar o país”.
Nesta terça, Haddad ainda se encontrou com o ministro saudita de Investimento Al-Fahli, que apresentou interesse em Parcerias Público-Privadas e concessões dos governos federal e estaduais. Ele também conversou sobre o espaço da economia latinoamericana no contexto geopolítico e se reuniu com Ian Bremmer, da Eurasia, e Lord Malloch Brown e Alexander Soros, da Open Society.