À espera da reforma ministerial que promete acomodar o PP e o Republicanos no governo Lula, o centrão retoma nesta semana a discussão na Câmara sobre a revisão das mudanças que o Senado promoveu no novo arcabouço fiscal idealizado por Fernando Haddad.
Na última quinta-feira, Arthur Lira disse a jornalistas que não colocou o projeto de lei complementar em pauta na primeira semana depois do recesso congressual porque não há consenso entre deputados sobre a versão do texto que voltou da outra Casa.
Negou relação entre o cronograma de votação do arcabouço e a concretização da oferta de ministérios a André Fufuca, líder do PP, e Silvio Costa Filho, deputado do Republicanos.
O relator do novo marco fiscal, Claudio Cajado, vai apresentar seu parecer aos líderes nos próximos dias, que levarão os principais pontos a suas bancadas e decidirão se apoiam as mudanças ou a retomada do texto da Câmara.
Em entrevistas recentes, Cajado tem demonstrado contrariedade ao crescimento da lista de exceções à nova regra, mas sempre com a ressalva de que atuará em busca de “consenso”.
A versão do substituto do teto de gastos aprovada pelos deputados em maio deixava algumas despesas fora do limite de gastos, como a política de valorização do salário mínimo e créditos extraordinários para despesas imprevisíveis.
O Senado incluiu o novo Fundeb e o Fundo Constitucional do Distrito Federal no rol de exceções aos limites de expansão de despesas.