A cinco dias da grande decisão, quando saberá se terá mais quatro anos de vida boa no Planalto ou se partirá para casa, Jair Bolsonaro disparou novamente contra a Justiça Eleitoral. Para o presidente, “é impossível dar selo de credibilidade” ao sistema.
“Nós lutamos há muito tempo por um modelo transparente eleitoral. Não tivemos força para isso (com o voto impresso)… O que nos traz certa confiança é que as Forças Armadas foram convidadas a integrar a Comissão de Transparência Eleitoral. E elas têm feito um papel atuante e muito bom nesse sentido. Contudo, eles me dizem que é impossível dar selo de credibilidade, tendo em vista ainda as muitas vulnerabilidades que o sistema apresenta”, disse o presidente.
No primeiro turno, os militares não apontaram eventuais falhas nas urnas eletrônicas ou no sistema do TSE porque a eleição, de fato, correu tranquilamente e sob a fiscalização de diferentes órgãos da República. Faltou espaço para teorias golpistas, depois da mobilização vista no início do mês. O presidente, no entanto, mantém vivo o discurso de desqualificação do sistema para usá-lo a partir de segunda, caso seja derrotado por Lula.