A futura gestão de Lula buscará uma reaproximação com o Irã, país que enfrenta atualmente uma onda de protestos pelo direito das mulheres e contra o governo islâmico que, por sua vez, condenou manifestantes à pena morte por participação nos atos que tomaram várias cidades desde setembro passado.
Ao que parece, a aplicação recente de penas capitais contra opositores pelas autoridades iranianas não gerou constrangimento nos políticos petistas que articulam as alianças do próximo governo.
Vice-presidente do PT, o deputado federal cearense José Guimarães esteve nesta quarta-feira em reunião com o embaixador do Irã, Hossein Gharibi, em Brasília. Segundo ele, a ideia é retomar a “boa relação bilateral” entre os países e ampliar os investimentos internacionais no Brasil.
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Durante o seu segundo mandato, Lula manteve boas relações com o então presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, cujas declarações à época negando o Holocausto chocaram a comunidade internacional. Em novembro de 2009, o iraniano foi recebido no Brasil pelo petista sob protestos de entidades judaicas e de defesa dos direitos humanos.