Em meio à discussão da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que permite que o governo federal abra um rombo no teto de gastos para viabilizar programas assistenciais, a Uber está de cabelo em pé. Funcionários da empresa procuraram parlamentares para se posicionar contrariamente à possibilidade de inserção dos motoristas do aplicativo no rol de beneficiados pela PEC. A Uber não quer que a pauta vá adiante porque, na leitura de executivos, a discussão sobre o vínculo empregatício dos colaboradores voltaria à tona.
Mesmo entre deputados, a proposta é vista como de difícil apreciação. Isso porque, de acordo com deputados da base aliada, a operacionalização do pagamento dos benefícios para motoristas de aplicativo é de extrema complexidade. Não há um cadastro público para estes trabalhadores e trata-se de um segmento de alta rotatividade. Há também a preocupação de que taxistas ou caminhoneiros que também trabalhem com aplicativos de transporte, o que classificaria como duplo benefício.
A seguir, o posicionamento da Uber: “As informações publicadas na coluna Radar Econômico da Veja não são verdadeiras. Nenhum funcionário da Uber se reuniu com parlamentares para discutir a proposta legislativa mencionada, muito menos os procurou para pedir que a proposta não seja apreciada“.
O Radar Econômico reitera a veracidade das informações publicadas.