À frente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) desde 2004 e do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) desde 2007, Paulo Skaf tem evitado cravar seu nome em praça pública ao pleito de 2022. Mas, em entrevista a VEJA, o líder industrial filiado ao MDB deixou claro sua intenção de concorrer ao Senado por São Paulo nas próximas eleições. “Não tenho mais vontade de me candidatar ao governo de São Paulo. Agora, ao Senado, vamos ver… Eu estou achando que posso ajudar muito mais o Brasil como senador do que como governador, que cuida de apenas um estado, por mais importante que seja esse estado”, afirmou Skaf. “Se for candidato, serei ao Senado. Mas a política anda muito chata ultimamente, né?”
Questionado como a inflação tem prejudicado a indústria no país, Skaf demonstrou otimismo com uma “acomodação” nos índices para 2022. “O mundo inteiro sentiu a inflação devido ao excesso de liquidez para enfrentar a pandemia. No caso brasileiro, esse movimento foi agravado pela desvalorização cambial e, agora, pela crise energética. Realmente, isso não é interessante para ninguém”, diz Skaf. “Naturalmente, quando há pressão nos custos de produção, acaba tendo um repasse nos preços, que gera uma pressão inflacionária. Mas, tudo isso está no pior momento. A tendência, para o próximo ano, é que haja uma acomodação nessa pressão inflacionária”, afirmou.