VEJA Mercado fechamento, 11 de agosto.
O Ibovespa até poderia ter operado no azul na esteira das bolsas internacionais, mas os fatores domésticos — sempre eles — pesaram na balança. Com os investidores em compasso de espera pela votação da reforma do imposto de renda na Câmara, o dia foi marcado pela queda nas vendas do varejo (quando o mercado todo esperava que fosse subir) e também pela decepção com o resultado da Qualicorp. O lucro da companhia no segundo trimestre do ano foi de 90,3 milhões de reais, um recuo de 28,4% em relação ao mesmo período de 2020. Logo as casas de análises revisaram os preços-alvo dos papéis e as ações despencaram 15,5%, puxando para baixo outros players do setor, como Raia Drogasil e Fleury, que recuaram 3,98% e 2,99%, respectivamente. O Ibovespa fechou em ligeira queda de 0,12%, a 122.056 pontos.
Os papéis que seguraram o índice no zero a zero e evitaram um estrago pior foram os dos bancos e, principalmente, os da Petrobras. A estatal se beneficiou da cotação do petróleo tipo Brent, que avançou 1,35% no dia, e pelo aumento médio de 0,09 no litro da gasolina, o que representa uma alta percentual de 3,5%. As ações subiram 1,38% no pregão. Já Itaú, Santander e Bradesco avançaram 1,40%, 0,83% e 0,73%, respectivamente. O dólar, por sua vez, operou em alta. “Os dados de inflação nos Estados Unidos vieram dentro do esperado pelo mercado e isso favorece a moeda americana frente ao real neste primeiro momento, situação esta agravada pelos efeitos da crise política e institucional que o Brasil enfrenta”, diz Roberto Attuch, CEO da OHM Research. O dólar fechou em alta de 0,47%, a 5,22 reais