A Petrobras informou a Vibra, antiga BR Distribuidora, que não possui o desejo de renovar o contrato de licença da marca BR à companhia que se encerra em junho de 2029. Em comunicado, a estatal comunicou que a estratégia “permitirá a eventual avaliação de novas estratégias de gestão de marca e oportunidades de negócios para a Petrobras”. Em outras palavras, o movimento pode indicar o retorno da companhia ao setor de distribuição de combustíveis. “Parece que as velhas e ultrapassadas políticas de aumentar o monopólio com critérios ideológicos e e sem racionalidade podem ter voltado”, afirma Adriano Pires, economista e presidente do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).
Os analistas do banco americano Goldman Sachs escreveram em relatório enviado a clientes que o retorno ao setor de distribuição vai exigir capital e que isso “pode reduzir a disponibilidade de fluxo de caixa livre para pagar dividendos aos acionistas no curto prazo”. Em outubro de 2023, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, confirmou à imprensa que a companhia estuda concretizar o movimento, mesmo que em moldes diferentes. “O que eu posso dizer é que a Petrobras precisa voltar, não necessariamente para a distribuição em si, mas para ficar próximo do consumidor final. Talvez dar algum retrocesso em alguma coisa, mas precisamos avançar para coisas novas, com conceitos novos, ir para segmentos novos”, afirmou.
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