Nos últimos dez anos, usuários de planos de saúde coletivos foram impactados por um reajuste acumulado de até 814,93% em seus contratos, enquanto as correções aplicadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aos planos individuais e familiares acumularam alta de 154,83% no mesmo período. O levantamento inédito é do escritório Vilhena Silva Advogados, especializado em direito à saúde, que aponta essa disparidade como o principal motivo para o consumidor recorrer à Justiça.
A análise compara em uma série histórica – de 2014 a 2024 – os índices autorizados pela agência reguladora e os reajustes aplicados para planos coletivos e PMEs (com até 29 vidas) pelas três principais operadoras de saúde do Brasil — Bradesco, Sul América e Amil.
Os contratos coletivos, que representam mais de 80% dos planos de saúde comercializados hoje no mercado, são os que apresentam o reajuste mais crítico para o consumidor. No caso dos contratos PMEs, a Amil registrou 520,24% de reajuste acumulado, a Bradesco, 474,33%, e a Sul América, 474,58%. Em contraste, os planos coletivos tiveram reajustes de 814,93% para a Amil, 753,74% para a Bradesco e 695,26% para a Sul América.