Um plano para o desenvolvimento do setor de tecnologia nuclear brasileiro será apresentado ao Congresso no início de novembro. A iniciativa, do deputado Julio Lopes (PP-RJ), abrange quatro pontos: ciência e tecnologia; saúde; agropecuária; e investimentos em reatores modulares de pequeno porte. O deputado, que é líder da Frente Parlamentar Mista da Tecnologia e Atividades Nucleares (FPN), afirma que o plano tem como finalidade promover uma discussão mais aprofundada sobre o tema, não se tratando de um programa nuclear oficial — algo que deveria partir do governo federal. “A ministra Luciana Santos (da Ciência e Tecnologia) está consciente da importância da questão. Tenho conversado muito com o ministro Alexandre Silveira (de Minas e Energia), que está muito empolgado”, diz ao Radar Econômico.
Entre as propostas contidas no plano, estão o desenvolvimento de tecnologias em saúde relacionadas à área nuclear, como exames radiológicos, e ao setor de alimentos, como a irradiação de produtos a fim de prolongar sua vida útil. “Hoje, os reatores são menores, mais potentes e confiáveis”, diz Lopes. Também segundo o deputado, o plano seria viabilizado através de um investimento inicial do BNDES e parcerias internacionais. Nesse sentido, a Arábia Saudita, a Rússia e a França despontam como possíveis interessados no setor nuclear brasileiro.
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