O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira, 15, que o Facebook está censurando seus posts e impedindo que seus seguidores publiquem fotos de notas fiscais de postos de combustíveis. Chegou a ameaçar conversar com o Congresso para aumentar impostos das redes sociais e disse que pediria providências para a Advocacia Geral da União. Mas o problema do post do presidente é bem mais prosaico. Sua página oficial no Facebook foi configurada, por ele mesmo ou por pessoa que o ajudam a administrar a página, para não receber fotos de seus seguidores nos comentários, segundo uma fonte relatou ao Radar Econômico. Quando alguém quer comentar qualquer post do presidente tem a opção de enviar figurinha, avatar e emoji, mas não foto. Muitas páginas no Facebook usam este dispositivo para evitar que seguidores publiquem pornografia, por exemplo.
No post em que ele pede para que os seguidores abasteçam seus caminhões e postem fotos de notas fiscais, são poucos os que dizem que não conseguiram postar. A maioria apenas fez comentários sobre o assunto, sem se preocupar com as fotos. Mas em pelo menos dois comentários, seguidores usaram o recurso de postar fotos no Google Drive e publicar link da foto. A discussão toda é por conta do aumento dos preços de combustíveis e a ameaça dos caminhoneiros de entrar em greve. Bolsonaro quer transferir o problema para os governadores alegando que o preço é alto por conta do ICMS. Na nota fiscal, publicada por Bolsonaro, o total do imposto estadual aparece como zero, o que ele diz ser uma desinformação e que estão jogando a população contra o governo federal como se fosse o único a arrecadar.
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