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O recado da deflação e a expectativa do mercado para a queda dos juros

Recuo nos preços não visto desde setembro reforça embate constante entre instituições; mercado segue com motivos para otimismo

Por Felipe Erlich 15 jul 2023, 10h07

VEJA Mercado | Fechamento da semana | 10 a 14 de julho

Em comparação à primeira semana de julho, que atiçou os nervos do mercado com as votações da reforma tributária e do voto de qualidade do Carf — o Conselho de Administração de Recursos Fiscais — e a quase votação do arcabouço fiscal, os sete dias que se sucederam trouxeram algum respiro a analistas da economia, mas não sem que houvesse fatos novos para precificar. Inédito desde setembro de 2022, um movimento de deflação foi constatado pelo IPCA de junho. Os preços praticados no país caíram 0,08%, a menor variação para o mês desde 2017. O número, que veio em linha com expectativas de mercado, reforça a tendência desinflacionária do país e, portanto, a pressão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva por cortes na taxa básica de juros.

Por outro lado, o dado do IPCA afastou a possibilidade de um corte mais agressivo nos juros por parte do Banco Central (BC), já que os preços praticados pelo setor de serviços seguem em alta. Com uma expectativa cada vez mais consolidada de um corte de apenas 0,25 pontos percentuais em agosto, aquém do sonhado pelo governo, o embate segue vivo. Agora, Lula ao menos conta oficialmente com um aliado de peso no BC, Gabriel Galípolo, que tomou posse como diretor de Política Monetária do órgão na última quarta-feira, 12. No início da semana, Lula voltou a disparar. “O presidente do Banco Central é teimoso, é tinhoso, mas não tem mais explicação”, disse, referenciando Roberto Campos Neto, chefe do BC.

Apesar da desarmonia institucional frente ao aperto monetário, o mercado segue com claro otimismo em relação ao rumo das aplicações em renda variável no país. A B3 informou que seu volume financeiro médio diário atingiu 30,5 bilhões de reais em  junho, 5,8% acima do constatado no mesmo mês de 2022 e um incremento de 12,6% em relação a maio. Em guinada contrária, a emissão de títulos em renda fixa recuou 3,3% em relação a maio. Analistas apontam a queda de juros iminente, apesar de pormenores políticos, como a principal causa para o otimismo. Uma grande empresa nacional anunciou que vai listar ações na B3 em breve em meio ao clima promissor, a JBS, que também terá papéis negociados na bolsa de Nova York.

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Para ficar no radar dos investidores, as discussões acerca da reforma tributária estão longe de serem encerradas. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou o senador Eduardo Braga (MDB-AM) como relator da matéria na casa. Braga, por sua vez, rechaçou o temido fatiamento da proposta e adiantou que a votação deve ocorrer até outubro, a fim de finalizar o trâmite legislativo ainda neste ano. Além disso, o relator afirmou que o Senado irá avaliar uma brecha aprovada de última hora pela Câmara que permite a criação de um novo imposto estadual sobre matérias-primas. A sanha arrecadatória de governadores, especialmente da região Centro-Oeste, é apontada como causa do jabuti. “De fato, esse novo tributo parece estranho”, afirmou o senador em uma rede social.

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