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O que é ESG, a sigla que sacudiu os mercados

VEJA Mercado: pressão de consumidores e, principalmente, de investidores obrigou companhias a modificar políticas não só ambientais, mas também sociais

Por Diego Gimenes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 16 jun 2021, 18h24
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  • Em algum momento você já deve ter lido ou ouvido falar em agenda ESG, sobretudo nos últimos dois anos. Pois bem, o termo Environmental, Social and Governance (ESG, sigla em inglês) se popularizou globalmente e abrange uma série de conceitos ambientais, sociais e de governança que são fáceis de serem compreendidos. Diferente do que é popularmente dito, ESG não se refere apenas à agenda de proteção ambiental das companhias, mas também e em igual proporção ao controle de práticas anticorrupção, respeito aos direitos humanos, trabalhistas e à igualdade de gênero e raça.

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    As boas práticas começaram a ser adotadas pelas companhias listadas em bolsa, uma vez que esta é uma preocupação crescente entre os investidores. “É fato que a iniciativa privada muitas vezes só se mexe por pressão da sociedade. Tanto consumidores quanto investidores suplicam para que essas políticas sejam levadas a sério”, comenta Romulo Sampaio, professor da FGV Direito Rio. Algumas companhias passaram a vincular a remuneração de altos executivos com medidas concretas em relação à performance no campo ESG.

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    O termo foi usado pela primeira vez em 2004, num informativo do Pacto Global em parceria com o Banco Mundial, chamada Who Cares Wins. Contudo, a sigla se popularizou em 2020, após a publicação de uma diretiva da União Europeia em que incentiva a adoção dessas políticas e define regras e normas para os países do grupo. No mesmo ano, a BlackRock, maior gestora de fundos do mundo, divulgou carta assinada por Larry Fink, presidente da empresa, em que garantiu sair de investimentos que tragam riscos à sustentabilidade. A pressão nas companhias ficou insustentável e elas se viram obrigadas a rever seus conceitos.

    Não existe um selo ESG. Embora a adoção dessas práticas seja crescente nos últimos anos, é preciso ressaltar que não há um selo que ateste o comprometimento das companhias com a agenda. O lembrete é importante porque para obter acesso a crédito e financiamentos, algumas empresas podem fingir que são inclusivas. Como uma companhia demonstra estar comprometida? Sampaio responde. “Aderindo às principais certificadoras do mercado para validar as informações a respeito de direitos humanos, compliance, canais de denúncias, programas anticorrupção e emissão de gases de efeito estufa. Tem de ser demonstrável. É uma mudança cultural que deve ser demonstrável, não apenas propagada”, afirma. Portanto, a adoção de políticas ESG é extremamente positiva para a comunidade, mas deve ser levada a sério pelas iniciativa privada e fiscalizada pela sociedade civil.

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