A Light ingressou com uma medida cautelar para suspender a exigência de pagamento de “certas obrigações financeiras”. De acordo com o fato relevante da empresa, o pedido, ajuizado em segredo de justiça, a medida visa “permitir e viabilizar a readequação” das dívidas e instituir “negociações coletivas em ambiente especifico e apropriado para tanto, e a implementação de melhorias na estrutura de capital das companhias”. Entre os credores apontados pela Light, estão a XP, o Morgan Stanley, o Santander, o Itaú e o Bradesco. A empresa tem mais de 11 bilhões de reais em dívidas.
Sócio da SDS Advogados, escritório que assessora grupo de pequenos e médios fornecedores da Americanas e Petrópolis, Renato Scardoa afirma que, chegando ou não ao consenso junto aos credores, o caminho natural para a Light seria a recuperação judicial para tentar pactuar os outros passivos. “A medida cautelar serve para forçar uma negociação com os principais credores da empresa. Normalmente, acaba não sendo uma negociação exitosa e a companhia entra com um pedido de recuperação judicial. É quase um presságio. Na prática, a medida cautelar virou um mecanismo para preparar um pedido de recuperação judicial”, afirma.
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