Há um mês, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, tem se reunido com as companhias aéreas brasileiras para cobrar uma redução no preço das passagens. Se publicamente a mensagem é de cobrança, nos bastidores a conversa é outra. Isso porque o governo federal tem pressa na aprovação do PL 5442/20 na Câmara e do PL 1.829/2019 no Senado para dar uma ajudinha extra às empresas aéreas mais endividadas depois da pandemia.
Ambos os projetos podem desvirtuar a natureza do Fundo Nacional da Aviação Civil (Fnac), criado em 2011 para desenvolver o sistema nacional de aviação civil por meio do aprimoramento da infraestrutura aeroportuária pública. Se aprovados, os projetos permitirão às empresas aéreas fazerem empréstimos de até 8 bilhões de reais por tempo indeterminado no BNDES e o Ministério do Turismo poderá ser responsável pela gestão de 30% do fundo.
O curioso é que agora as margens operacionais das empresas estao bem mais altas do que nos ultimos três anos.