No fim de semana, aconteceu em Omaha, no estado americano de Nebraska, o famoso encontro do megainvestidor Warren Buffet com seus companheiros acionistas da Berkshire Hathaway. E claro, o tema do momento esteve na pauta: a inflação. Mas Buffet não podia ter sido mais simplista com um problema tão complexo e que está afetando o mundo todo. Ele disse que uma das proteções mais fortes contra a inflação é aprimorar habilidades e trabalhar para estar no topo do seu setor. “A melhor coisa que você pode fazer é ser excepcionalmente bom em alguma coisa”, disse Buffett. Segundo ele, as habilidades são à prova da inflação. “Não faz diferença o que aconteceu com o nível de preços porque as pessoas ainda pagarão pelos produtos de que gostam”, disse Buffett. Mas como o próprio Buffett menciona, só se estiver sob demanda.
Na realidade brasileira, ser bom parece não ser suficiente para manter os clientes. O Instituto Locomotiva fez uma pesquisa em março deste ano que mostrava que a inflação fez com que 76% dos brasileiros diminuíssem a compra de produtos e serviços que estavam habituais a consumir e 71% precisaram trocar de marca, por outra mais barata, no último ano. Ao todo, 68% dizem que a qualidade dos alimentos que consomem piorou por causa da inflação. E somente 17% dizem não abrir mão da qualidade dos produtos que consomem. Outra pesquisa feita pela FSB, a pedido da CNI, os números foram parecidos e mostram que 64% das pessoas deixaram de comprar alguns produtos por conta da inflação.
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