A guerra na Ucrânia dura apenas seis dias e já está provocando um novo problema na cadeia logística mundial, que sequer se recuperou dos gargalos causados pela pandemia. Nesta terça-feira, 01, os dois maiores grupos de contêineres do mundo, a MSC e Maersk, suspenderam as reservas de carga de e para a Rússia. As exceções são para alimentos e remédios. A Maersk disse que as sanções contra a Rússia estão começando a afetar o comércio, causando atrasos e levando à detenção de cargas pelas autoridades alfandegárias. Segundo o Financial Times, a indústria naval ainda sofre com um problema adicional que é a troca de tripulações russas e ucranianas que respondem por 14,5% dos marítimos do mundo. Além disso, os preços de seguros marítimos também subiram para navios que circulam na região, depois que três navios comerciais foram atingidos ao circular pelo Mar Negro. Outro ponto de gargalo é o mercado de carga aérea que foi interrompido e rotas foram alteradas, afetando o custo de transporte em geral. Para o Brasil, a maior preocupação é com o efeito destas restrições logísticas sobre preços e entrega de fertilizantes. O país é amplamente dependente dos fertilizantes russos e está neste momento planejando a safra 2022/2023.
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