O fim do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego, conhecido como BEm, acabou na virada do ano e sua retirada já está gerando problemas para o Ministério da Economia. Como nenhum programa imaginado para mitigar o impacto da extinção do programa foi colocado em prática, uma boa parte dos 19 milhões de benefícios concedidos pode se transformar em demissão nos próximos meses. A preocupação, que já faz secretários do Ministério se mexerem para encontrar uma solução para sustentar o emprego e a renda da população, também é compartilhada por entidades empresariais.
Nesta segunda-feira, 18, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) enviou uma carta ao secretário Bruno Bianco — decerto, muito educada. Pediu para que o secretário avaliasse o retorno do programa, ao menos enquanto durar a pandemia. “Assim, considerando que esta Confederação sempre prestigiou e reconheceu as decisões emanadas do Governo, guardião maior dos interesses da República, aguarda que o mesmo, dentro do saudável ambiente democrático que lhe é peculiar, acolha nosso apelo no sentido de proporcionar, com ditas medidas emergenciais e transitórias, a manutenção da renda e da empregabilidade do trabalhado”, escreveu o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
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