O halving de bitcoin é um evento que altera a remuneração dos mineradores, participantes da rede que usam poder computacional para validar e registrar transações de bitcoin na blockchain. O fenômeno ocorre de quatro em quatro anos ou a cada 210.000 blocos de bitcoin minerados – o próximo está marcado para este 19 de abril. A partir daí, a recompensa paga aos mineradores cai de 6.25 para 3.12 bitcoins a cada bloco minerado. Até 2012, antes do primeiro halving, o valor era de 50 bitcoins.
O evento existe para controlar a oferta de bitcoins. Funciona assim: ao validar transações na blockchain, os mineradores são recompensados com novos bitcoins, que ainda não circulavam na rede. Ao todo, existem 21 milhões de unidades de bitcoin (entre minerados e ainda não minerados), quantidade que não pode ser alterada. Por isso, diz-se que o bitcoin é um ativo escasso. “Com esse limite a gente cria escassez, porque quando uma coisa é finita ela é escassa. Assim como o ouro na natureza, o bitcoin é naturalmente escasso, porque só vão existir 21 milhões de bitcoins” afirma José Artur Ribeiro, CEO da Coinext.
Com o halving, o sistema do bitcoin permite que o ritmo de descobertas de novos bitcoins diminua, e que, portanto, o ativo se mantenha escasso. É por isso que, no mercado de criptoativos, diz-se que bitcoin é uma “moeda deflacionária” – ou seja, um ativo cujo valor tende a aumentar ao longo do tempo devido à sua escassez.
José Artur Ribeiro é o convidado desta quarta-feira no VEJA Mercado, apresentado por Camila Barros
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