Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Radar Econômico Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Pedro Gil (interino)
Análises e bastidores exclusivos sobre o mundo dos negócios e das finanças. Com Diego Gimenes e Felipe Erlich
Continua após publicidade

Bolsa fecha o primeiro trimestre no vermelho, apesar de alta na semana

Gestos cautelosos dos bancos centrais americano e brasileiro pautam o mercado

Por Felipe Erlich 30 mar 2024, 10h36

VEJA Mercado | Fechamento da semana | 25 a 29 de março

O saldo do mês de março não foi positivo para o mercado financeiro, com seu principal índice, o Ibovespa, encerrando o período em leve queda acumulada de 0,71%. O resultado mensal foi superior ao de janeiro, quando a perda ficou em cerca de 3,7%, mas pior do que o registrado em fevereiro, quando houve alta de praticamente 1%. Com isso, o Ibovespa caiu quase 3,5% no primeiro trimestre de 2024. Por mais que ruim, o resultado foi melhor do que o do mesmo período do ano anterior, quando o índice desabou 7,2% nos primeiros três meses do então recém empossado governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Já o dólar, que desde então chegou a uma mínima de 4,73 reais, em julho de 2023, voltou ao patamar de 5 reais, onde se encontra neste fim de trimestre.

Leia mais: Morre Daniel Kahneman, o pai da economia comportamental

No último pregão, dados do PIB americano jogaram contra o Ibovespa. Uma economia mais aquecida nos Estados Unidos indica que o Federal Reserve (Fed), o banco central local, pode ser mais cauteloso para cortar seus juros. No entanto, os números mais recentes da inflação americana, divulgados na sexta-feira, 29, vieram “em linha com as expectativas” do Fed, segundo o presidente da autarquia, Jerome Powell. O Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) teve alta de 0,3% em fevereiro. O núcleo do índice subiu 2,8% nos últimos 12 meses, sendo que o Fed quer reduzir esse percentual para 2%. Trata-se do indicador mais importante para a autoridade monetária definir sua política de juros, como o IPCA, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, no caso brasileiro.

No Brasil, o Banco Central divulgou a ata da última reunião de seu Comitê de Política Monetária, o Copom, na terça-feira, 26. A autarquia reforçou que há espaço para mais cortes na Selic, agora em 10,75% ao ano, a partir da reunião de maio. No entanto, o banco se mostrou cauteloso em relação à inflação de serviços e, portanto, parece menos simpático a cortes maiores. O IPCA-15, considerado a prévia da inflação, de março ficou em 0,36%, levemente acima do que era previsto pelos analistas de mercado. Com o endurecimento da postura do BC, a possibilidade de um corte de 0,5 ponto percentual na Selic fica mais distante.

Continua após a publicidade

Leia mais: Macron elogia economia do Brasil e pede que investidores confiem na França

Em paralelo, o mercado de trabalho se mostra aquecido, como apontado pelos últimos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O Brasil criou 306 mil postos de trabalho com carteira assinada em fevereiro. “Peço para que o Banco Central não se assuste”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na última quarta-feira, 27. De todo modo, o mercado aposta em uma inflação de 3,75% em 2024, abaixo do teto da meta, de 4,5%, segundo o último Boletim Focus, divulgado pelo BC. Também é esperado que a Selic encerre o ano em 9% ao ano, ou seja, 1,75 ponto percentual abaixo do patamar atual. Por ora, a meta está a total alcance do BC, mas o banco não tira os olhos da inflação, como é seu dever.

Siga o Radar Econômico no Twitter

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.