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Bolsa fecha mês no azul apesar do exterior, mas cai 1,3% no trimestre

Juros nos EUA abalam Ibovespa enquanto PIB brasileiro segue sendo revisado para cima

Por Felipe Erlich Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 09h46 - Publicado em 30 set 2023, 10h10

VEJA Mercado | Fechamento da semana | 25 a 29 de setembro

O índice mais relevante do mercado financeiro brasileiro, o Ibovespa, encerrou a semana em alta de quase 0,5% apesar do cenário externo ter puxado ações para baixo ao longo de pregões recentes da bolsa. A perspectiva de alta nos juros dos Estados Unidos tem afugentado investimentos no mercado de renda variável de países emergentes, o que inclui o Brasil. Com a rentabilidade dos títulos do tesouro americano em alta, vale menos a pena investir em terras brasileiras. Nessa tendência, o dólar ganha força frente ao real. A moeda americana iniciou a semana cotada a 4,94 reais, mas voltou a casa dos 5 reais. No acumulado do período, a variação positiva foi de quase 2%. Já no resultado do terceiro trimestre do ano, o dólar valorizou em 3,6%. O resultado do Ibovespa na soma desses três meses também foi negativo, caindo 1,3%. No entanto, fechou no azul em setembro, em leve alta de 0,71% — o desastre ficou concentrado em agosto, quando a bolsa desabou 5%.

A semana do mercado financeiro começou com uma revisão da expectativa de crescimento da economia no Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central. Espera-se que o ano se encerre com uma elevação de 2,92% do Produto Interno Bruto (PIB), ligeiramente superior aos 2,89% apresentados na semana anterior. Já na quinta-feira, 28, foi a vez do próprio BC revisar sua projeção para o crescimento. A autoridade monetária agora está mais alinhada à expectativa do mercado, prevendo uma variação positiva de 2,9% no ano. No dia anterior à divulgação do novo número, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, ecoou o que tem sido pregado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a importância do governo federal persistir na meta de zerar o déficit público em 2024 para dar robustez à condução da economia.

A fala de Campos Neto, que se deu em audiência na Câmara dos Deputados, também foi em sintonia com outras posições de Haddad. O presidente do BC manifestou apoio à taxação de fundos exclusivos de investimento e rendimentos no exterior, as chamadas offshores. Em gesto conciliatório, Campos Neto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Haddad se reuniram na quarta-feira. “O governo entendeu que tumulto com o BC só faz mal ao país”, diz o economista-chefe do banco e cooperativa Sicredi, André Nunes, em entrevista ao programa VEJA Mercado em vídeo.

No setor privado, o mercado de petróleo teve espaço sob os holofotes com um movimento ousado dos bancos Goldman Sachs e BTG Pactual. As instituições financeiras aumentaram suas participações na 3R Petroleum em meio a uma forte alta da cotação da commodity, que é negociada a cerca de 90 dólares por barril. O Goldman Sachs alcançou 5,5% de participação e o BTG Pactual, 6%. Outra compra de ações agressiva ocorrida nos últimos dias partiu da Marfrig. A empresa de alimentos aumentou sua participação na BRF de 35% para 40%. Na semana anterior, a parcela já havia crescido, antes em 33%. As ações da BRF subiram 6,26% na última semana de setembro.

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Para ficar no radar dos investidores, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou na última quinta-feira, 28, o texto que cria o programa de renegociação de dívidas Desenrola e limita os juros rotativos do cartão de crédito. A proposta segue ao plenário da Casa e pode ser votada muito em breve. Outra pauta que está no Senado, por outro lado, sofre para andar. A reforma tributária teria seu relatório apresentado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM) na próxima quarta-feira, 4 de outubro, mas a divulgação foi adiada para o dia 20. A principal razão: mais de 200 emendas sobre o texto foram apresentadas por parlamentares.

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