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Bolsa dispara mais de 5% e dólar despenca em semana com Lula na China

Otimismo sobre juros elimina perdas do Ibovespa nos 100 dias de Lula; IBGE corrobora tese de esfriamento da economia

Por Felipe Erlich Atualizado em 17 abr 2023, 15h13 - Publicado em 15 abr 2023, 11h32

VEJA Mercado | Fechamento da semana | 10/04 a 14/04

Até que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva completasse seus primeiros cem dias à frente do Planalto, o principal índice do mercado de ações, o Ibovespa, amargava uma queda de 4,26% desde o início do ano. Em questão de quatro dias, de terça-feira, 11, a sexta, esse cenário mudou substancialmente, com o saldo do Ibovespa em 2023 praticamente zerado. Para tanto, a bolsa brasileira disparou impressionantes 5,4% na semana, em bonança impulsionada pela divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O índice registrou uma inflação de 0,71% em março, abaixo do 0,77% esperado pelo mercado. Em uma bolsa debilitada, que operava pouco acima dos 100 mil pontos, a notícia soou como música para investidores. O mercado anseia por uma queda na taxa Selic, fixada em 13,75% ao ano pelo Banco Central. Quanto menor a inflação, menor a necessidade de juros elevados. Em reação eufórica, o Ibovespa teve seu melhor pregão em seis meses na terça, dia do anúncio do IPCA, decolando 4,29%.

Um indicador cujo desempenho na semana impressionou não apenas quem se atenta à bolsa mas boa parte dos brasileiros foi o câmbio, que ganhou força ante o dólar. A moeda americana perdeu quase 3% de seu valor em relação ao real. A cotação foi de 5,06 reais na segunda-feira para 4,92 reais ao fim da sexta. Trata-se do menor patamar em dez meses. A melhora animadora em indicadores econômicos ocorre com o presidente Lula em viagem à China, onde não tem feito grandes comentários sobre a economia doméstica — que costumam render baques para a bolsa — e aprofunda a parceria comercial entre os dois países. 

Além do número do IPCA que empolgou o mercado nesta semana ao sugerir uma Selic mais modesta no futuro, outro dado recente vai de encontro a essa perspectiva. A Pesquisa Mensal de Serviços, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou uma queda abrupta na atividade do setor de serviços. O setor encolheu 3,1% em janeiro em comparação com dezembro de 2022. O esfriamento da economia exposto pelo IPCA e pelo IBGE é uma nova carta na manga de Lula, que pressiona o Banco Central visando a queda dos juros.

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No setor privado, os últimos dias renderam avanços na apuração da derrocada das Americanas. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) determinou que 72 nomes da empresa, ligados às áreas de finanças e contabilidade, serão objeto de busca e apreensão, além de outras seis pessoas do conselho de administração e diretoria. Entre essas últimas está Jorge Felipe Lemann, filho do empresário Jorge Paulo Lemann, um dos principais acionistas da varejista. Na sequência, a Americanas informou outro fato referente aos desdobramentos da crise. A empresa chegou a um acordo com “alguns credores financeiros” — no caso, grandes bancos como Santander, Itaú e Bradesco, como apurado pelo Radar Econômico — a fim de suspender as disputas judiciais que já correm na Justiça.

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