As prévias operacionais das construtoras surpreenderam os analistas do mercado financeiro. A Eztec viu as vendas líquidas dispararem 72% no terceiro trimestre em relação ao igual período de 2021, para 481 milhões de reais, suportadas, sobretudo, pelas vendas do estoque em construção. Por fim, os novos lançamentos ficaram estáveis na base anual, em 410 milhões de reais. No caso da Cyrela, outro grande nome do setor, as vendas subiram 67% no período, para a marca dos 2,2 bilhões de reais, impulsionadas pelas vendas de lançamento, que somaram 1,2 bilhão de reais no terceiro trimestre. O destaque da Cyrela ficou por conta do segmento de média e alta renda, que representou 88% das vendas líquidas.
Ambas companhias apresentaram números robustos mesmo em um cenário macroeconômico desafiador em que a inflação corroeu parte do poder aquisitivo das famílias e provocou uma escalada na taxa básica de juros para o atual patamar dos 13,75% ao ano. “Considerando o forte pipeline de projetos a serem lançados e o sucesso da Cyrela no posicionamento de seus projetos (não há descontos concedidos), esperamos que a tendência positiva dos resultados continue”, escreve o Credit Suisse em relação à Cyrela. “A Eztec reportou uma recuperação significativa das vendas em sua prévia operacional do terceiro trimeste, atingindo 426 milhões de reais em vendas líquidas. Dito isso, podemos ver uma reação positiva do mercado para a empresa”, avalia a XP em relação à Eztec. No acumulado do ano, as ações da Cyrela sobem 22%, enquanto as da Eztec avançam 12%.
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