A Americanas realizou uma reunião com seus credores para detalhar o plano de recuperação judicial da empresa, nesta terça-feira, 12, quando apontou um passivo da ordem de 50 bilhões de reais. O mesmo está dividido em três classes: quase 83 milhões de reais estão alocados na Classe I; a maior parte do rombo está na Classe III, com 49,9 bilhões de reais; e o restante, 180,2 milhões de reais, na Classe IV. Apenas a Classe III vai comparecer à Assembleia Geral de Credores, cujas primeira e segunda convocações estão marcadas para os dias 19 de dezembro deste ano e 22 de janeiro de 2024. As condições originais de pagamento das outras duas classes foram mantidas. O passivo total, de 50,1 bilhões de reais, inclui 7,6 bilhões de reais em dívidas entre as empresas do grupo empresarial, restando 42,5 bilhões de reais em demais dívidas.
Segundo a empresa, a Americanas efetuou o pagamento de 114,5 milhões de reais às Classes I e IV, deixando 148,6 milhões remanescentes a serem pagos em até 30 dias após a homologação do plano de recuperação. Também foi esclarecido que quatro ativos da companhia serão convertidos em Unidades Produtivas Isoladas (UPIs) durante a recuperação. São eles: Hortifruti Natural da Terra; Uni.co, dona de marcas como Imaginarium e Puke; a operação de varejo digital da companhia; e AME, que oferece serviços de meio de pagamento e programa de fidelidade. A Americanas vai alienar as duas primeiras UPIs, enquanto para as demais haverá flexibilidade para a companhia conduzir transações que agreguem valor a sua estratégia.
O Banco Safra havia apresentado uma objeção ao novo plano de recuperação da Americanas e pedido que outra proposta fosse elaborada. Contudo, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) indeferiu o pedido de liminar do banco, feito junto ao Pentágono S/A. Com isso, a Justiça manteve a data da assembleia de credores.
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